24/09/2009

Primeira jornada de um escritor

Capaz que soy yo. No creo. No escucho un carajo. Olhei a entrada. Pensei se poderia voltar atrás. Ele está aqui ao meu lado. Ele se ri de coisas que considero tolas. Pensei que era melhor entrar pela porta. Arriscar. Ele fala alto, mas é sem querer. Me estas escuchando? Ahora si. Tudo o que eu disser agora que eu entrei pela porta eu nego. Nego, pois já não tenho certeza se, ao passar por esta porta, eu ainda sou eu. O problema es tujo, estoy seguro. Na dúvida, começo desde já negando tudo. Inclusive o que foi dito mas deixarei as formalidades de lado. Entrei pela porta e as palavras pulam em cima de mim. Que engraçado. Parecem crianças me puxando, uma por cada perna, me puxando as calças, os bolsos, os cordões, os brincos, tudo. Falam todas ao mesmo tempo essas palavras! São tão imaturas! Quando crescerem mais perceberão melhor qual é o funcionamento desse mecanismo chamado vida. Agora brincam. E gritam. Ah, como gritam parem com isso, silêncio, shhhhh, todo mundo calado sentado não não puxa não bate empurra não não vale correr aqui vamos fazer uma roda. Uma roda. Uma de cada vez. Pode falar. Agora ela faz silêncio. Não falei? São imaturas! Me estas volviendo loco. Ela se aproxima. Ela pousa delicadamente as patas em minhas pernas e aproxima seu focinho do meu rosto. Não diz nada. Me olha como que querendo uma resposta. Eu não a tenho. I`m a star. Procuro percorrer o hall de entrada. Vou entrar aos poucos, já que este ambiente não me é familiar. Ela me olha como quem tem a absoluta certeza que descobriu agora que eu sou um gato. Seu focinho me fareja diferente. Ela está feliz, me vê miando. Ele continua ao meu lado. Ela agora está roncando. Ele pára para ouvir. Silêncio. Ela ronca alto, né? É. Deve estar sonhando comigo, agora que eu sou gato. Tem vinho? Obrigada. Obrigada. Brinde. Silêncio. Tudo se mergulha nessa calma azul com dourado. Silêncio. As vogais...olha as vogais...elas estão meditando. Sinto que é a hora, é o momento, é o fim.

11/09/2009

O Banquete

vocifera volátil o vinho em minha boca
volvendo meus lábios vadios nos seus
vergando em versos as suas volúpias
viril você no ventrículo meu

vem, vertigem venal
vascularizar o meu verbo vagido
vangloriar o viscoso em seu veio
verter em verdura e vaivém

vidrado, vibrátil, vezeiro
venturas velar até de verbete
vaguear sem vexame e varrido
vergalhar com torpor o meu leito.

08/09/2009

de saia transparente

ela, ela, ela, ela, ela, ela, ela...

biiiiiipsssssssiiiuuuasksfooommm khhfs jh hj jhdd dddd d uhhhhhhh

Não olha o sinal quando atravessa.

Eles sim, olham.

Eles olham os sinais dela.

07/09/2009

vermelho

eu também lábios
gosto vermelho quentes
gosto aceso doce
cedo cismando fogo
embaixo da saia rubro
......................................
molhados.

16/07/07

braile

sobre
os pontinhos a mão
aprender a ler
sobre
o corpo
do
texto
o eixo do ver

ele nas mãos.
Navegue-me, por favor.