Chisloucava a noite inteira,
chisloucando feito doida,
rusminando.
Engasgando a saliva que vinha
comia o vento e o ar.
Golfava os bois de dentro,
carcospia-os pra fora
às vezes sujando as saias,
às vezes crispando o olho.
Era toda assim toda.
Impedia qualquer passagem
de sopro de cotovelo
de língua amorfa e tempestade.
Tinha uma certa leveza dela
de beleza, de certeza.
Só não sabia fazer mistérios.
Falava um beijo, ficava feito.
De tudo um pouco é o que diziam,
assim descia pela goela:
olhava os postes, ela passava
nua e crua a graceiar pela rua.
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ResponderExcluirF.