Ela acordou e foi escrever. Seu lápis percorria o papel ou as teclas do seu computador, ou o que vier primeiro, como se percorresse as pernas dela e dele, ou deles, e descesse e subisse e assim tecia uma história. Não sabia ela que ao tocar o papel, ou a tela, ou o mouse, ou os dedos, ou o corpo dele, ela também tocava uma parte da história dela, a própria, e tocava também o sagrado das religiões que começava lá com a moça que parava para assistir. Disseram que a história virou luz. Ela que surgira assim depois de uma noite de lençóis e travesseiros e jarros derrubados e despedidas e portas e beijos e adeus. Sem até logo.
A outra foi tocada pelos dedos voluptuosos das palavras. Pegou outro lápis e foi escrever. Foi falando de máquinas que sem perceber falava de si. Sua pele virava um produto cheia de produtos que geravam produtos consumidos pelos consumidores que ela consumia: cheia de si.
A terceira fez-se presente. A outra-outra. Aquela que se deixou transpassar pela história. Deixou que a história subisse pelos pés e adentrasse as concavidades do seu corpo. Assim de baixo para cima, quase de cabeça para baixo.
Disseram que a história se fez luz. Disseram também que a história se fez gozo.
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