18/09/2007

Eu morri e ainda não sei se o certo seria eu morreu. Sei a data que foi o ocorrido. Sei as circunstâncias. Sei tudo o que se passou e se passa após a morte do eu. Eu morri ou morreu, pouco importa. O que trouxe a morte foi um nascimento novo. Eu não nasceu denovo. O que nasceu foram os resíduos do que havia ficado pendente na ocasião da morte. Os resíduos em movimento geram produtos inexplicáveis. Há que se ter clareza do que são resíduos. Eu não nasceu denovo. Enquanto os resíduos se ocupam em pendências, ocupam pendências, o que sobra é o vazio. O vazio nasceu. Há que se celebrar o vazio que nasce, o vazio que nasce a cada dia. Não o que morre.

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