01/09/2007

janeiro de 2003

Quisera nascer com uma pedra no peito
pesada, doída, convexa.
E no lugar do que chamam de amor
espinhos, fagulhas, faíscas.
Soltar verbos ao invés de flores
Viver pra ter, pra ser um vão.

Não chorarei.
Minhas lágrimas são versos quentes
que jorram feito sangue
e matam lentamente.

Serei só.
Se não querem me ver como sou
São tão cegos!

Solidão.
Vejo um mundo a que não pertenço.
Vejo máquinas, pessoas
Pessoas-máquinas, egoístas

O ódio do mundo não me consome.
Eu tenho meus versos
Que ainda jorram, lentamente...
sangue após sangue.

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